Desejo de ficar rico pode não ser um critério determinante em testes vocacionais, mas é prudente saber quais são as perspectivas financeiras de uma profissão antes de investir nela tempo e dinheiro. Um dos estudos mais completos sobre salários é o da Fundação Getulio Vargas. Com base nele, foi elaborado o ranking desta reportagem. O critério utilizado para revelar os campeões da remuneração foi o salário médio de cada profissão em todo o país. Algumas variáveis tendem a puxar os valores para cima. Entre elas, viver nos estados do Sudeste e em metrópoles. Para ganhar bem, no entanto, não basta escolher uma das carreiras que encabeçam a lista. "Médicos, advogados e engenheiros podem ter bons salários na média, mas mesmo eles não vão muito longe sem vocação, competência e um bom nível de conhecimento profissional", diz Marcelo Ferrari, consultor sênior da área de capital humano da Mercer, em São Paulo. Ou seja, de nada adianta optar por direito, sonhando em ser um dia um juiz com ótimo salário inicial, se não se tem gosto pelo estudo das leis, pelo debate de ideias e pela leitura. Outra regra que vale para todas as profissões: rendimentos mensais de seis dígitos são privilégio de muito poucos. Guiar-se por eles na escolha da profissão possivelmente levará a incômodas decepções no futuro.
Há três caminhos que, em geral, levam a bons salários. O primeiro é procurar vagas nas empresas líderes de cada setor, pois costumam ser as que mais crescem e, portanto, as que oferecem as melhores oportunidades e pagam melhor. Um analista financeiro júnior que começa ganhando mais que a média de mercado em uma empresa pequena, por exemplo, pode demorar até sete anos para ser promovido. Em uma companhia líder, em quatro anos, em média, ele já passa a ocupar o cargo de analista sênior, com um salário maior. O segundo caminho, válido para profissionais liberais, é conquistar bons clientes e assumir a propriedade do próprio nariz. Os médicos, arquitetos e advogados mais bem-sucedidos (leia-se, com os melhores rendimentos) quase sempre atendem em consultório ou escritório próprio. O terceiro caminho é optar por carreiras do serviço público com bons salários iniciais, como fiscal da Receita Federal ou juiz.
Para ganhar bem, não se pode parar de estudar nunca.
Veja mais em: http://veja.abril.com.br/111109/profissoes-mais-bem-pagas-p-190.shtml
Edição 2138 / 11 de novembro de 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário