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terça-feira, 22 de março de 2011

Japão detecta excesso de radiação em leite e espinafre

Iodo radioativo surgiu nos alimentos coletados em Fukushima e Ibaraki.
Água de Tóquio também foi contaminada, mas em nível não nocivo à saúde.

Japão detecta excesso de radiação em leite e espinafre
Iodo radioativo surgiu nos alimentos coletados em Fukushima e Ibaraki.
Água de Tóquio também foi contaminada, mas em nível não nocivo à saúde.

Amostras de leite e espinafre das cidades de Fukushima - palco do acidente nuclear na usina de Daiichi por conta do terremoto de magnitude 9 - e Ibaraki, no Japão, apresentaram excesso de radiação, afirmaram autoridades japonesas neste sábado (19). O governo também afirmou que as águas correntes de Tóquiio e de cinco províncias do país também apresentam pequenas amostras de iodo radioativo e césio, porém sem risco à saúde humana.

O porta-voz do governo Yukio Edano afirmou que a radiação estava acima dos padrões regulamentados no país. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), o Ministério da Saúde do Japão solicitou uma investigação sobre produtos alimentícios vindos de Fukushima (A AEIA havia informado anteriormente que a venda dos produtos havia sido suspensa. A agência divulgou a correção desta informação às 13h30 deste sábado).

A AEIA também confirmou a contaminação por iodo radioativo. Segundo a agência da ONU, amostras de comida nos arredores de Fukushima foram analisadas entre 16 e 18 de março.

Apesar da meia-vida do elemento presente nos alimentos ser de apenas 8 dias, as autoridades japonesas afirmam que há risco aos consumidores no curto prazo.

Quando ingerido, o iodo radioativo pode ser acumulado e causar danos à glândula tireoide. Para combater esse efeito, o governo japonês recomendou a distribuição de cápsulas de iodo estável (não radioativo) aos refugiados da área de 20 quilômetros ao redor de Fukushima, para evitar que o material radioativo seja absorvido.

Veja reportagem completa em: http://g1.globo.com/tsunami-no-pacifico

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